Capítulo 18
Rua da independência, em frente ao prédio espelhado e cinza - a Casa Branca
Joel vigiava irritado a casa branca. Todos os dias. Ele achava todo aquele excesso de segurança algo extremamente anormal e exagerado para Marximus. E ele estava certo, já que as câmeras de vigilância , portas com identificadores de retina e o baixíssimo índice de violência seriam mais do que suficientes para garantirem a segurança do prédio Casa Branca. Mesmo assim um policial a cada oito horas sempre estava ali, vigiando as portas de vidro do prédio. Talvez por isto, muitos civis acreditassem que lá havia um tesouro muito valioso ou uma arma capaz de aniquilar toda a cidade. Mais isto era uma tremenda besteira, Joel sabia que o único motivo para está ali é porque o prédio guardava informações sigilosas de todos os indivíduos de Marximus. E por isto ele devia sempre ficar ali, com o comunicador ligado, verificando quem entra ou sai do prédio. Trabalhava ali havia três anos e nunca teve uma única ocorrência. Apesar disto, por mais tempo que passasse ali não se acostumava com aquela rua . Sempre deserta. Se não fosse os funcionários aquela área poderia ser batizada como o deserto de kalarrari. Que tédio.
Já passavam das 10 horas em cinco em cinco minutos Joel olhava o relógio, sua farda azul com mangas até o punho e o o chapéu preto vazia aquele dia levemente ensolarado se transformar em um dia insuportavelmente quente. Maldita região tropical. Ele não via a hora de acabar o turno, mais ainda faltava tanto. Joel tinha acabado de olhar as horas quando percebeu que um dos dróides de limpeza se dirigia para a porta de entrada.
- Ei você, será que ainda não sabe que os dróides tem que entrar pela porta de serviço?
O dróide ficou parado, de costas para Joel.
Joel se aproximou. - que dróide burro!, vamos , vamos mexa-se. Você pode até entrar de vez mas parado aí é que não pode ficar.
O dróide não se movia. Joel sabia que ele fazia parte dos funcionários da limpeza devido a farda, comum a todos os dróide do seu modelo. Joel deu um passo e sentiu algo estranho seus sapatos tinham pisado em um véio de água que saia do dróide. Observando melhor Joel viu que a roupa amarela e preta do droide era padrão, mas estava encharcada de água.
Como medida de precaução Joel sacou a sua fanta-elétrica, isto fazia parte do regulamento. Na dúvida aja.
- Vamos seu dróide idiota, já disse para sair da frente da porta, você .está molhando tudo.- Joel puxou pelo braço o droide, a manga da camisa, amarela e preta, subiu e o braço cor de bronze e com manchas aleatória ficou visível.
- Meu deus ! um sulnean...
Com um movimento rápido o sulneano torceu o punho de Joel puxando-o para baixo. Joel reagiu com o fanta-elétrica, mas o sulneano foi mais rápido - sempre são- segurou-o pela mão, colou a fanta próximo a face do policial e lançou um olhar penetrante para Joel que em seguida sentiu um gosto elétrico na boca e um cheiro de carne queimada subir. Uma contorção imediata percorreu o corpo de Joel e alguns segundos depois ele teve sua cabeça comprimida no leitor óptico. A voz mecânica da porta de segurança pronunciou – policial Joel autorizado a entrada, e o corpo de Joel caiu nu na calçada . O sulneano agora de colete azul e boné preto, entrou calmamente.
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