Capítulo 4 - Os Marximillianos - O segredo da Floresta Obscura



Capítulo 4



O Mestre Paulo Freire já há algum tempo se acostumou com os caprichos de  Vitória. Desde que se tornou tutor dela. Há três  anos  vem ouvido da menina as mais diversas perguntas , e dificilmente alguma lhe assustará. Pelo menos não   até  o momento.
- deixa eu vê se entendi bem, minha jovem, você quer saber  o que fazer para poder sair de Marximus? mas porque?
- hummm... bem Professor Freire, sei que  não é simplesmente sair de Marximus. O senhor sabe como  odeio os Sulneanos,  Mas comecei a sentir uma necessidade de... de  conhecer como é a vida deles. Talvez isto me ajude de alguma forma a... aceita-los. Bem, andei pesquisando e  apesar de nossa civilização  ser a mais evoluída que já existiu na face da terra,   temos  pouco conhecimento acumulado   sobre eles. E quem sabe um trabalho de campo pudesse ajudar.   O senhor não  acha?
- bem Vitória...- responde o professor, meio como se não tivesse gostado de ouvir a pergunta, ou mesmo como se não gostasse de discutir o assunto, mas com uma voz de quem já sabia o que fazer – Eu sei que você é uma biotecnologista competente, seus experimentos com regeneração de membros a partir de células totipotentes induzidas são um sucesso, mas sinceramente não vejo como um trabalho desses poderia  ajuda-la, a entender seus próprios conhecimentos. De qualquer sorte, não sei se você se lembra , mas   conversamos outro dia  sobre algo similar a isto. Você se recorda  quando há seis meses fui questionado por alguns alunos  sobre um conhecimento mais aprofundado da floresta obscura? pois, naquela época fizemos  os seminários na  universidade sobre o tema, e me lembro que falamos relativamente sobre os     sulneanos, você se   recorda    disto?     Bem  -  o professor levanta da cadeira, vai até um  computador holográfico e o liga -  Bem , como eu já previa que alguns alunos ficassem mais curiosos sobre os Sulneanos, eu preparei  essa holoapresentação, lógico que a essa altura da madrugada eu não vou apresenta-la toda - o holofilme se inicia e imagens da Floresta Obscura e dos Sulneanos são formados em uma projeção quase real. - veja aqui este é  um suneano típico, como você já sabe, Eles são  humanóides bem verdade,  com pernas, braços e  crânio  próprios dos humanos, o que os diferencia de nos são  basicamente três... quatro coisas: primeiro,   o cabelo que, naturalmente , cresce como  rabo de cavalo apenas na região  occipital. Segundo, as diversas manchas escuras espalhadas pelo corpo. O próprio corpo já possui uma cor meio bronze. Terceiro  - o holograma mostra a imagem  de um sulneano em um  laboratório, deitado em um tipo de celas para animais, desacordado mais aparentemente vivo -   não são seres racionais, os poucos que já capturamos acidentalmente com vida  em nossos campos de minério   mostravam um córtex pouco desenvolvido,  tinham tendências violentas, e emitiam grunhidos indistinguíveis. E quarto -  o holograma muda para uma imagem que permite analisar a genitália dos sulneanos e compara-la com as dos humanos -  pela  investigação da estrutura de cópula e semem, vimos que, apesar de possuírem uma genitália externa e interna bastante parecida com os dos seres humanos,  se por acaso alguns deles cruzassem com um de nós , com certeza não produziriam descendentes, devido a alterações importantes no material genético, nos espermatozóides e óvulos. Além disto, descobriu-se também  que  o DNA deles diferem em torno de 0,5% de nós seres humanos. E se você pesar que nos  macacos, gorilas etc possuem uma diferença de 1%, então este 0,5% parece, para mim, bem significativo . Enfim, isto prova, em ultima análise, que eles são realmente  de outra espécie. - o professor desliga o holofilme.
 Vitória  senta na cama  pega o controle do  projetor,  congela no canto  inferior esquerdo do  monitor a imagem do sulneando preso na  cela, enquanto a imagem do seu professor  ansioso por uma manifestação de Vitória  continua no outro canto do visor.
- É exatamente esse o ponto professor. Sabemos organicamente o que eles são, mas não sabemos sobre  como eles estão organizado. Se vivem nas árvores mesmos ou possuem outro tipo de moradia, se possuem alguma organização social, se são realmente  os monstros que acreditamos ser . É  esse tipo coisa  que eu  gostaria de ter  resposta
- bem minha jovem -  diz o professor com uma voz frustrada por todo o seu esforço não ter sido suficiente para tirar as dúvidas da sua  aluna.-  existem alguns artigos sobre o tema mais eles estão localizados no arquivo do  Instituto  Nacional de Segurança e Pesquisa  e dificilmente, sem um argumente plausível, teremos acesso a eles. Além do mais , uma pesquisa assim, ´´de campo`` requereria  investimento alto, em  equipamentos  e principalmente segurança e tempo. E o retorno talvez não valesse a pena. De  qualquer  sorte, podemos conversar pessoalmente logo mais na universidade  sobre o assunto. Mas já  lhe adianto - o professor se aproximou da tela -  você sabe quais são as regras de Marximus: todos que saem de Marximus, sem uma autorização, reconhecida e assinada pelo presidente, não podem mais  voltar.  Além  disto,  pelo que sabemos, os que já saíram não sobreviveram mais de vinte e quatro  horas para contar alguma historia.  Agora vá dormir. - O professor Freire deu um sorriso como se quisesse acalentar a frustrada aluna  e desligou o monitor.
 Vitória sentou mais próximo da cabeceira da cama puxou o ededron, desligou a luz e se colocou a olhar  a janela do  terceiro andar do seu apartamento. Tudo  lá  fora era calmo, uma  rua sem  movimento, um carro de vigilância vazio,  as luzes acessas dos postes e nenhuma pessoa  circulando na rua. Parecia que somente ela estava ali.  Engraçado, tudo aquilo curiosamente representava exatamente o que ela  sentia: um vazio. Uma angustia. Como se alguma pergunta que ela não sabe qual precisasse de resposta.

Vale a pena publicar texto, poesias, livros no blog para divulgar?



     
        Acho  interessante a idéia de divulgar o seu livro ou seu nome  como escritor, na net,  através de blogs. Venho há um ano e alguns meses divulgando meus livros na net. Entre acertos e erros, percebi que para se conseguir visitas é necessário ser profissional no que se faz. Não adianta montar um blog com livros deixar lá e pronto. Tem que selecionar um bom Template, oferecer aos leitores coisas relacionada a literatura que você produz. Tipo, se você escreve romances de terror então deve buscar assuntos na net relacionadas com o tema e posta-los entre as postagens de seus livros. ( Afinal, quem é que procura um blog para ler um texto de um autor desconhecido?, sejamos realistas: Ninguém). Além disso, é interessante criar páginas independentes no blog, promoções,  divulgandar o blog constantemente  seja boca a boca, seja via outros blogs, seja no google, orkut e sites de relacionamento em geral.
      O objetivo é divulgar o seu nome antes de você publicar seu livro. Mesmo porque, o que você mais quer é publicar um livro para ser lido, não é mesmo?
     O meu blog tem uma media de 60 a 70 visitas diárias. A maioria não se destina necessariamente a ler os meus livros. Porém, divulga o meu nome e eu acabo de vez em quando pescando um peixe ( rs rs ). Claro que ainda estou na fase I ( blog expansivo, com múltiplos conteúdos) no ano que vem vou para fase II ( blog do livro específico).
    Mais informações de como montar um blog de literatura, livros, arte, divulgar seu blog etc acesse:

Abraços Ojuarianos

Você exige de mim palavras. Mas as palavras são frutos vazios




Você quer que eu escreva
Mas o mundo passa fome
Não há mérito no que escrevo
O mundo carece de coisas
E há pessoas que carecem simplesmente de vida
E eu me comovo com elas
Com  a falta de  desejo
Com  a falta de perspectiva 
Com a falta de esperança

Não consigo escrever
Quando vejo que tudo que se pode escrever é inútil
Inútil sim!
Me diga um escritor que mudou o mundo
Um escritor que tenha impedido a guerra com um poema
Um escritor que tenha diminuído 
a fome de  um indigente com palavras
Um escritor 
Que com essas  palavras 
tenha de alguma maneira  salvado realmente uma vida
Só unzinho
Diga...
Quem?!
Ora, convenhamos, nada mudou.
Somente o capital em um sistema capitalista 
Muda as coisas
Muda não
Transforma!
A natureza nos exige isto, 
Somos produtos continuo de transformações 
E não de criação. 

Você quer que eu escreva? 
Mas eu te digo
O escritor é a peça mais inútil da face da terra
Um coroinha em um mosteiro repleto de padres
Não importa o que eu diga
Não importa o que eu faça
O mundo continuará a passar fome 
As pessoas continuaram a serem  egoístas e mesquinhas 
E elas irão morrer por isto
E a Terra, enfim, continuará em sua órbita elíptica e solitária
Solitária não
Quase esqueço
Existe  a Lua
Que como um  escritor
Vaga no espaço apenas ao redor da Terra
Como um objeto inútil e vazio

Amor de roça , amor sincero


Oi dona moça
Come que ta a senhora?
Bem não vinha,
Mas vim
Sabe como é
Ah dona... queria pegar meu cavalo no pasto
E correr pra trás,
Mas os homens podem enfrentar as leis de deus?
Ah não, não pode!
E eu dona moça
Sofro tanto... tanto...
Quando vejo a dona moça sofrer
 Da um treco aqui, vem aqui.
No coração
Só forte, só caba da roça
Mas sô meio mole pra essas coisas do coração

Sabe dona, 
Sô meio jumento,
Mei? Sô jumento inteiro!
Por isso tento pensar as coisas antes de fazer
 Mas não consigo não ,
 Não
 Não.
Oh deus   o senhor  sabe,
 Eu morreira pra não ver  a dona  sofrer

Perdoa eu
Viu dona
Porque esses bicho da roça é assim,
Ficam ali , pastando
Tudo bunitinho -  arrumadinho
Come palma que não é pra comer
- uma bagunça danada!
Mas os bicho não é mal, não senhora
São só bicho
Sem juízo

 E eu dona, sou bicho do mato,
E amo demais a senhora
 -ave maria, se amo, amo muito!

Agora, dona moça
Vo trabalhar,
Que o dia é grande, bem grande
Aceite o agrado viu,
Deste trabalhador – matuto

Mas lembre
A cerca cai 
 O pasto vai,
 Mas a gente , ta qui.
 E constrói  tudo de novo
 O quanto for  preciso
 Porque isto
 ISTO , dona moca 
É a VIDA

Capítulo 3 - Os Marximillianos - O segredo da Floresta Obscura



Capítulo 3




Agosto, cidade de Marximus, vinte e cinco anos depois.

         “Um rio de águas turvas  se estende entre as casas de palha que estão a uns 5 metros do seu leito...vejo muitas pessoas ali, o ambiente é rústico, indígeno, mas aconchegante. Uma mulher jovem, rosto delicado, com cabelos cor de vinho brinca com uma criança. Comigo?. Eu olho o rosto dela, seu olhar calmo, seu sorriso sincero e  cresce em mim um paz tão grande. Repentinamente, seu semblante muda, sua testa enruga e a mulher  grita algo,  quase  ao mesmo tempo  um   sino toca  Tum -  tum  -  tum . Grandes  árvores parecem   marchar contra as casas de palha...não são apenas arvores comuns,  elas cospem fogo.  Agora uma mulher velha, com o rosto desfigurado pela vida  pega em  minha mão... eu fico sem saber o que fazer. As árvores correm em nossa direção. Por que fazem isto? Elas nos alcançam, jogam a mulher idosa no rio e me seguram firme entre seus grande galhos. As arvores começam  a voar em direção ao sol.  Eu olho para baixo e  vejo a mulher e   o rio....o rio turvo, não...o rio vermelho...vermelho ...verm nããããoooo”.Vitória  Mello  abre os olhos e v~e um quarto escuro iluminado pela luz da lua que transpassa os vidros das  grandes janelas na parede . O seu corpo está suado e suas mãos um pouco tremulas. A agitação da sua voz ativa o sistema de óptico que vai  ascendendo  a luz lentamente para nao ofuscar  a visão. “ foi só um pesadelo”. Vitória  olha o  relógio holográfico em cima do criado mudo, 03:35h da madrugada, Muito cedo.  Ela olha para o espelho ao lado da cama  e  Ve~ a imagem de uma mulher jovem , vinte e  cinco anos, os cabelhos ruivos  ondulados  longos, os traços finos do  rosto, sua pele ainda está úmida, seu rosto inchado da noite,  sou eu. Vitória  vira-se para o teto e percebe que o sono foi embora junto com o pesadelo.   Então, ela  resolve levantar, e ir beber um pouco de água na cozinha. Rapidamente  cruza o corredor e os sensores de calor ascendem as luzes da cozinha automaticamente juntamente com a sua  droide companheira.
-         Bom dia, senhora Vitoria. Acordou cedo hoje. Fala a robô enquanto vitoria pega um copo na prateleira.
-         Oi Meã, não acordei, ainda vou dormir.
-         Os meus sensores mostram alterações  na sua freqüência cardíaca. Outro pesadelo?
-         Não, pior!, o mesmo pesadelo de sempre. Vitória bebe a água e vai para a sala. Meã lhe acompanha.
-         Um psicanalista talvez ajudasse a senhora. 
-         Talvez meã. Eu nem deveria mais me assustar com este sonho.  Já sei todas as partes. Primeiro vem as casas depois as arvores, a mulher o rio... Mas   parece tão...tão real. Vitória  senta no sofá, coloca o copo sobre a estante.  Meã, eu já realizei todas as atividades?
-          Todas, senhora. Incluindo o resumo do artigo para publicação  na Cientific Life,  a captura dos roedores hood e,  inclusive, todos os bio-ensaios   dos próximos  três dias. A senhora alem de uma biotecnologista de sucesso é extremamente rápida e dedicada , não precisa se preocupar .
-         Hum..., mesmo assim conecte com o  professor.  A algo que quero pergunta-lhe.
-         A esta hora senhora? Da ultima vez...
-           Da ultima vez ele disse que estaria ao meu dispor.  - Afinal ele não é o meu Mestre-Marximus? Professor do meu ultimo estagio como graduanda?. Então,  tenho direito de discípula aplicada. Transfira pro quarto, estarei lá.
A robô meã , indignada pelo capricho da jovem, conecta-se com o serviço de rede e espera o retorno da chamada. “seus simples circuitos não conseguem entender o comportamento humano”. 
Vitória  entra no quarto e liga  o projetor holográfico  enquanto olha para a rua  da janela  de seu quarto. Vitória sabe que o  Mestre  está sempre disposto a atender um discípulo. “Além do mais não foi eu  que  inventei as leis de Marximus”  A educação em Maximus é  de prioridade do Estado e ponto principal em uma sociedade baseada   essencialmente na intelectualidade e desenvolvimento cientifico. Um mestre para um grupo de alunos , nunca maior que seis,   a cada estágio de desenvolvimento psíquico. São cerca de 15 mestres até o ultimo grau. O Mestre-Marximus é penúltimo desta escala   para Vitória. “Ao fim desde discipulado  estarei pronta para disputar uma cadeira no senado, como o meu pai  provavelmente gostaria”
            O projetor holográfico sintoniza uma imagem de um  homem careca, magro, de barbas brancas e com os óculos pequenos entre o nariz   olhando-a sonolentamente.
- Vitória... já podia imaginar.  Mocinha, você sabe que horas são? O que a senhorita quer a essa hora da madrugada?
Vitória  sorrir, como se tivesse feito uma peversidadizinha sem querer.  
- Ora professor Paulo Freire,  o que posso dizer é que sou uma  estudante aplicada.

Shiii -Não me esconda o silêncio






Não me esconda o silêncio
Os contos dos anjos
Teu silêncio é doce,
Claro é teu  pensamento silencioso
Pois não me negue
- sei o que pensas.
Nos  pensamentos mais profundo e escondidos
Nem imaginas
Quanto de te eu sei.

Não me  negue o silêncio
O amar das almas
Teu  silencio é quente,
É mágico...é libidinoso,
Os teus silenciosos olhos me falam tanto
Seriamente todos os dias você me sorrir
Desconcerta-me.
Não se esconda,
Sei o que pensas...
Tudo -  tudo mesmo!
Os pensamentos bons,
Os pensamentos humanos,
Nem imaginas...
Se pudesse te dizer o que pensas
Quanto de te eu sei...

Mas hoje -  não me falte com o silêncio
- o consentimento dos amantes –
É duvidoso o teu saliêncio
E ... como direi;;; excitante!
Hoje eu te descubro
Em teu jeito sonso
Debochado
Enganador
Não me entenda mal
Sei  o que pensas neste momento,
Sei o que pensará  depois
E  o mais importante  - flor de Vênus  -
Sei o que pretende  o teu futuro pensamento,
Nem imaginas?
Se não me responderes agora
Não importa,
Teu silêncio é a minha resposta.

Capítulo 2- Os Marximillianos - O segredo da Floresta Obscura







Capítulo 2


 10 minutos depois

A aeronave está destruída. Os motores silenciam vagarosamente enquanto pequenas manchas de fogo aparecem pela estrutura destruída.”o que aconteceu?” O senador Roberto se levanta com dificuldades . A cabeça esta sangrado e  o ante-braço direito dói tanto que até  parece quebrado.  A cabine está totalmente destruída, uma fumaça fina sobe do painel O capitão Nobre jazia  inerte sob o que sobrou do centro de comando, o corpo esmagado pelos destroços do equipamento- morto.  O segurança sumiu. “ talvez tenha sido arremessado para fora do  avião...Débora?!” um medo intenso cresce    - o medo  da perda. Instintivamente  Roberto   percorre a  aeronave destruída. O avião quase se partiu ao meio. Muitos fios da fuselagem estão soltos. Roberto retira o entulho dos destroços da sua frente  velozmente . Ele torce para que nada  tenha acontecido a sua família.
         - Débora?  Débora!?. O seu chamado não é seguido de resposta. Uma angustia parece lhe  apertar  a garganta  “meu deus, ajude-me” .
         Roberto a encontra presa entre as poltronas do avião. O  seu corpo em forma de concha, como se tivesse protegendo algo.
         -  Débora?...  Roberto  move o corpo de Débora . Fica feliz ao saber que ela ainda está viva. O seu corpo protegia o bebê, que  nem chorava.  A criança  olhava o pai como se não entendesse o que estava acontecendo.
         - Débora? Você esta bem  meu amor?. Roberto viu que as pernas de Débora  estavam quebradas e  presas  as ferragem das poltronas. Seu nariz sangrava e sua respiração era lenta.
         - Roberto? O que aconteceu? 
-         Eu nâo sei bem. Vou te tirar daqui.
Em alguns minutos  e com um pouco de dificuldade Roberto consegui retirar Débora  das ferragens e  traze-la para fora do avião. Ele analisou o local onde o avião  caíra. A aeronave se arrastou por quase 80 metros. Abrindo um  corredor no meio da floresta obscura. 
A floresta tinha este nome – obscura -  por dois fatos  muito simples. Primeiro,  as árvores eram enormes com vários dosséis  que  impedia que a luz penetrasse entre as folhas. Isto tornava a floresta, mesmo  em um dia claro,  em um ambiente hostil, escuro e misterioso. O segundo motivo, é que ela é o lar dos Sulneanos, nome  que se dar a todos os seres humanóides que habitam a floresta.  Para os Marximillianos se em algum momento da historia os Sulneanos foram seres humanos, eles já se  esqueceram disto há muito tempo.
         Roberto, carrega a mulher e o bebê um bons dez metros para longe da aeronave. Roberto tenta visualizar o corpo do segurança, mas a escuridão da floresta  o deixa cego. Ele pensa  em como  sair daquela situação.“ um radio comunicador e uma lanterna ajudariam”. Roberto  encosta Sofia em uma árvore,’’ ela está muito ferida e fraca mais  pelo menos consciente”. Um estalido de  folhas  secas  vindo da floresta o faz virar rapidamente.
-         Quem está ai? Roberto dá  três passos  e força os olhos  na tentativa te ver algo. Um silêncio surdo  se faz. Então ele sente o  toque de uma mão pesada  em seu pescoço. 
-         Senador, sou eu. Temos que sair daqui  rápido. Eu já sondei a área. Não estamos sozinhos.
Os traços do rosto estão apagados pela escuridão , mas Roberto reconhece com facilidade a  voz do seu segurança particular - Paulo.
-pensei que estivesse morto, fico feliz em ver que não. Débora  está ferida, mas o bebê está bem, me ajude com eles vamos pedir um resgate. E como assim `` não estamos sozinhos?´´.
-         Shii!!,  Paulo coloca a mão na boca do senador, e aponta para floresta. A escuridão se move entre os galhos.
-         Prepare-se  para correr senador.  Sussurra Paulo.
Roberto  caminha em direção ao bebê e Débora. O silêncio então é quebrado por um zumbido  de uma flecha que  transfixa  a perna  do Senador  Roberto, desequilibrado-lhe, fazendo-o cair e gritar de dor. Instintivamente  o segurança dispara dardos elétricos contra a escuridão. Quase que imediatamente uma outra flecha lhe transversa a mão  desarmando-o.
-         Paulo , tirem elas daqui, agora! Diz  Roberto apontando para a mulher e a filha.
O segurança retira a flecha,  esquece a dor da mão e corre até Débora .  Paulo vê que ela está muito ferida. – Senhora,  vamos! Preciso tirar vocês daqui agora.
      -  Não Paulo.  Diz  Débora   enquanto   ergue o  bebê. -  Por favor , leve-a...
      - o segurança parece não entender a situação.
Roberto  consegue se arrastar até a  mulher e o segurança. Ele entende a decisão da  mulher. Ela   está muito ferida para tentar fugir.  Roberto  Olha para o segurança e com a cabeça aprova a atitude da mulher . A floresta se torna mais agitada. Ouve-se vozes, gritos.
- corra Paulo , coORRA!
O segurança  pega o bebê e se embrenha na  floresta deixando para trás os dois. Enquanto corre, ele consegue ouvir apenas os gritos do Senador e de sua esposa  -   alguns segundos depois ...o silêncio.

Capítulo 1- Os Marximillianos - O segredo da Floresta Obscura




                                                                                                                              Capítulo 1
Julho, 10:15h. 2306
Um avião  Prata e verde  corta o céu azul 400 metros acima da floresta  Obscura.


Max Roberto  ou ,simplesmente,  Senador Roberto, como gosta de ser chamado,  esboça um sorriso no rosto enquanto olha pele janela da aeronave. “sou um homem de sorte. Tudo ocorreu como planejado”.  O senador   se tornou o   homem mais jovem a ascender a uma cadeira do senado da cidade de  Marximus. Pouco tempo  após receber este título viajou para as fazendas de minérios.  E agora,  dois anos  depois,  ele retornará a sua cidade. “Glorioso!” . Aumentou a produção de  minérios em 35%, e o melhor, quase sem baixas humanas. Além do que, conquistou   o coração de  Debora, sua esposa. Uma mulher lindíssima, cabelos ruivos até os ombros e com olhos  de avelã. E se não bastasse tamanha sorte, Sofia  trazia nos braços um bebê de seis  meses, uma menina que  prometia ser tão linda quanto  à mãe.
-         Vitória meu bebê... olhe seu pai. Nem liga para gente.  Ta vendo como ele é cruel.
-         Ah Debora, como posso esquecer dos meus dois anjinhos?. Ele levanta e dá um beijo na testa da mulher, sentando-se ao seu lado.
-         O que olhava lá fora?. Pergunta Sofia.
-         A floresta obscura. Ela parece tão fazia daqui de cima. A ultima vez  a que monitorei  a mina jurava ter visto uma espécie de animal, Natural. Foi fantástico!
-          Verdade?, nunca vi um animal natural realmente, só aqueles do Zôo de Marximus.  E ele nem são tão reais assim. Diz Sofia com uma voz melancólica.
-          Jura?   Pois vou pedi ao   piloto que reprograme o piloto-automático para descer e  ficar mais próximo à floresta, quem sabe  a gente consegue ver algum.
-          Não Roberto. Os únicos animais que lá  existem você sabe quais são.
-   Ora  Meu amor, os  Sulneanos  são selvagem mas não nos oferece perigo.  Não são pessoas como nós. Faltam-lhes massa encefálica, neocortex . Roberto diz isto batendo o dedo na cabeça.
A aeronave desce uns duzentos metros como ordenado. A família então  se diverte a janela. Em vez em quando,  Debora se  anima pensando ver um animal. Mais logo  a felicidade   se desfaz  “são apenas arvores”.
Meia hora se passara e nem um inseto sequer.
-         Melhor mandar subir a aeronave Roberto. Já cansei não há nada aqui. Diz  Debora desapontada
-         Tudo bem, meu amor, eu só queria te dar algo especial para vê hoje. Espere olhe aquilo. Fala Roberto apontando para uma movimentação dentro da floresta. Seu sorriso se distendeu lado a lado da face. Pareciam grandes  animais afinal. - Não te falei amor, a floresta tem mais mistérios do que...
Um estrondoso barulho seguido de um solavanco na aeronave faz com que Roberto não complete a frase.
 -    O que foi isto? Pergunta   o senador  atônito, sem acreditar no que aconteceu.
      -    Não, sei . suba  o avião Roberto, agora!   
-         Fique aqui. Vou à sala de controle.  Roberto dar alguns passos até o centro de comando da aeronave Vê o seu  segurança  em pé ao lado do piloto, capitão Nobre,  que checava  nervosamente os equipamento do avião. 
–  Capitão o que foi isto?
-         Fomos alvejados, senhor. Responde o  piloto prontamente. - A avaria afetou os comandos, estou   tentando desligar o piloto automático.
Roberto se inclina o corpo e  tenta analisar os equipamentos do avião. Apesar, de nao entender muito sobre o  painel de controle de um avião, a unica coisa que lhe chama atençao é uma luz amarelha que pisca  em meio a uma tela de plasma onde   ritmicamente  aparece:   piloto automático não  respondendo. Além disto,  na tela do   radar  bruscamente pisca  varios pontos  em um verde luminescente.
- O que é isto Capitão?   parece  que ha algo se aproximado  rápido. 
-         O Capitão Nobre  volta-se para o Painel de controle, e ao ver o radar a sua voz soa quase sem querer - Não é possível. Como poderia?
A resposta é imediata.  Outro estrondo  faz a nave balançar mais forte. O Senador Roberto tenta se segurar como pode. Quando a nave novamente se estabiliza  ele    olha  pela janela para ver o que os atingia, seus olhos mal puderam acreditar no que estava vendo. Milhares de pedras incandescentes, enormes, cruzando o céu como fogos de artifício em direção a aeronave.
-         Tire-nos daqui agora ! Agora  CApitão! 
Mas uma série de  explosões se seguiram. Roberto ainda tentou voltar   para  sua esposa e sua filha, mas uma das explosões o fez bater a cabeça na lateral da aeronave e cair  de bruços no corredor. Uma nuvem negra tomou-lhe  primeiramente os olhos   e depois  todo o corpo, mal conseguiu ouvir Paulo dizer que o avião estava em rota de colisão. 

Acredito que o mundo pode ser um lugar melhor





Acredito que o mundo pode ser um lugar melhor
Se lutarmos por isto. Acredito que, para que ocorra mudanças reais,
É necessário que o preconceito,
A desigualdade e a exclusão social diminuam de forma significativa
( acabar com a desigualdade é um sonho que não chego a acreditar).
Acredito que todos somos responsáveis por tudo que acontece no planeta
( ondas de violência, efeito estufa , guerras etc. Etc. Etc.)
E que de forma egoísta e burra ficamos em nossas casas sentados na frente do computador ou da televisão e não fazemos nada - pq?
Pq simplesmente achamos que o MUNDO
Gira em uma órbita elíptica entorno do nosso
Umbigo e por isto não nos atinge.

Acredito que se não fizermos nada
Continuaremos a acreditar que um belo dia alguém fará alguma coisa.
E esse ser iluminado por livre e espontânea vontade ou, ainda, por inspiração divina
- assim como Jesus Cristo –
Nos tirará do pecado, acabando com a violência ,
Com a criminalidade, com a miséria , com a fome ,
Com o preconceito, com as guerras ,
Com o desmatamento, com a poluição,
Com a exploração sexual de crianças,
Com tráfico de mulheres e de drogas,
Com os meninos de rua. Enfim, com tudo aquilo que é de nossa responsabilidade e que quase sempre viramos o rosto e fingimos que não é com a gente.
E por fim, acredito que se vc leu até o final,
É pq não faz parte da nata da burguesia burra que mal ler,
Mal usa o que ler e que ainda luta, geração pós geração,
Para manter este sistema socioeconômico ( corrupto,
Injusto, e centralizador). Ora colega,
Se você leu... É por que, quem sabe, ainda resta,
Em algum lugar, ESPERANÇA.

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