Capítulo 2- Os Marximillianos - O segredo da Floresta Obscura







Capítulo 2


 10 minutos depois

A aeronave está destruída. Os motores silenciam vagarosamente enquanto pequenas manchas de fogo aparecem pela estrutura destruída.”o que aconteceu?” O senador Roberto se levanta com dificuldades . A cabeça esta sangrado e  o ante-braço direito dói tanto que até  parece quebrado.  A cabine está totalmente destruída, uma fumaça fina sobe do painel O capitão Nobre jazia  inerte sob o que sobrou do centro de comando, o corpo esmagado pelos destroços do equipamento- morto.  O segurança sumiu. “ talvez tenha sido arremessado para fora do  avião...Débora?!” um medo intenso cresce    - o medo  da perda. Instintivamente  Roberto   percorre a  aeronave destruída. O avião quase se partiu ao meio. Muitos fios da fuselagem estão soltos. Roberto retira o entulho dos destroços da sua frente  velozmente . Ele torce para que nada  tenha acontecido a sua família.
         - Débora?  Débora!?. O seu chamado não é seguido de resposta. Uma angustia parece lhe  apertar  a garganta  “meu deus, ajude-me” .
         Roberto a encontra presa entre as poltronas do avião. O  seu corpo em forma de concha, como se tivesse protegendo algo.
         -  Débora?...  Roberto  move o corpo de Débora . Fica feliz ao saber que ela ainda está viva. O seu corpo protegia o bebê, que  nem chorava.  A criança  olhava o pai como se não entendesse o que estava acontecendo.
         - Débora? Você esta bem  meu amor?. Roberto viu que as pernas de Débora  estavam quebradas e  presas  as ferragem das poltronas. Seu nariz sangrava e sua respiração era lenta.
         - Roberto? O que aconteceu? 
-         Eu nâo sei bem. Vou te tirar daqui.
Em alguns minutos  e com um pouco de dificuldade Roberto consegui retirar Débora  das ferragens e  traze-la para fora do avião. Ele analisou o local onde o avião  caíra. A aeronave se arrastou por quase 80 metros. Abrindo um  corredor no meio da floresta obscura. 
A floresta tinha este nome – obscura -  por dois fatos  muito simples. Primeiro,  as árvores eram enormes com vários dosséis  que  impedia que a luz penetrasse entre as folhas. Isto tornava a floresta, mesmo  em um dia claro,  em um ambiente hostil, escuro e misterioso. O segundo motivo, é que ela é o lar dos Sulneanos, nome  que se dar a todos os seres humanóides que habitam a floresta.  Para os Marximillianos se em algum momento da historia os Sulneanos foram seres humanos, eles já se  esqueceram disto há muito tempo.
         Roberto, carrega a mulher e o bebê um bons dez metros para longe da aeronave. Roberto tenta visualizar o corpo do segurança, mas a escuridão da floresta  o deixa cego. Ele pensa  em como  sair daquela situação.“ um radio comunicador e uma lanterna ajudariam”. Roberto  encosta Sofia em uma árvore,’’ ela está muito ferida e fraca mais  pelo menos consciente”. Um estalido de  folhas  secas  vindo da floresta o faz virar rapidamente.
-         Quem está ai? Roberto dá  três passos  e força os olhos  na tentativa te ver algo. Um silêncio surdo  se faz. Então ele sente o  toque de uma mão pesada  em seu pescoço. 
-         Senador, sou eu. Temos que sair daqui  rápido. Eu já sondei a área. Não estamos sozinhos.
Os traços do rosto estão apagados pela escuridão , mas Roberto reconhece com facilidade a  voz do seu segurança particular - Paulo.
-pensei que estivesse morto, fico feliz em ver que não. Débora  está ferida, mas o bebê está bem, me ajude com eles vamos pedir um resgate. E como assim `` não estamos sozinhos?´´.
-         Shii!!,  Paulo coloca a mão na boca do senador, e aponta para floresta. A escuridão se move entre os galhos.
-         Prepare-se  para correr senador.  Sussurra Paulo.
Roberto  caminha em direção ao bebê e Débora. O silêncio então é quebrado por um zumbido  de uma flecha que  transfixa  a perna  do Senador  Roberto, desequilibrado-lhe, fazendo-o cair e gritar de dor. Instintivamente  o segurança dispara dardos elétricos contra a escuridão. Quase que imediatamente uma outra flecha lhe transversa a mão  desarmando-o.
-         Paulo , tirem elas daqui, agora! Diz  Roberto apontando para a mulher e a filha.
O segurança retira a flecha,  esquece a dor da mão e corre até Débora .  Paulo vê que ela está muito ferida. – Senhora,  vamos! Preciso tirar vocês daqui agora.
      -  Não Paulo.  Diz  Débora   enquanto   ergue o  bebê. -  Por favor , leve-a...
      - o segurança parece não entender a situação.
Roberto  consegue se arrastar até a  mulher e o segurança. Ele entende a decisão da  mulher. Ela   está muito ferida para tentar fugir.  Roberto  Olha para o segurança e com a cabeça aprova a atitude da mulher . A floresta se torna mais agitada. Ouve-se vozes, gritos.
- corra Paulo , coORRA!
O segurança  pega o bebê e se embrenha na  floresta deixando para trás os dois. Enquanto corre, ele consegue ouvir apenas os gritos do Senador e de sua esposa  -   alguns segundos depois ...o silêncio.

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