2- Em Busca do Último Beija-Flor Azul - Casa de Barro



Após andar horas e horas por uma mente pertubada,
Parei e entrei na primeira lembraça velha que tinha,
Uma casa de barro  suja e abandonada,
Com o ar bucolico da roça.

Na verdade nao era suja...
Bagunçada seria a palavra mais correta...
Muitas memorias jogadas ao chao...
Espatifadas, estilhaçadas, despedaçadas...

Não conseguir ver o que era...
Quem eu fui?  quem eu sou?

Abri a porta da casa lentamente,
Um nesga de luz entrava pela frestas da janela,
E morria sobre uma mesa de madeira empuerada,
Um copo de vidro vazio sobre ela.

Na parede uma foto antiga,
Daquelas pintadas a mao,
De um homem que eu nao sei que é...

A casa era pequena apenas tres comodos,
Cozinha e sala se misturavam,
Dois quartos menores.
Não havia moveis,
Estava vazia,
Apenas a mesa,
E um fogao de lenha apagado,
Sem cinzas, sem marcas de fogo,
Ou de vida....

Talvez esse fosse eu hoje...
Vazio, bagunçado, apagado....
Caminhemos....
Não há nada aqui para se ver que valha perder o tempo...

Helton Ojuara



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