Papo da roça


Papo da roça

Perdoa eu dona moça
Eu que sou matuto
Que sou da roça
 Não quis dizer o que  disse,
Escrever eu quis.. mas não como escrevi não,
 Tudo a dona moça entendeu errado
 Eu dona,
 Quis dizer que amava a moça que esse mundão de Deus
 Não  era  nada sem a dona
 Que a minha dor era  de saudade
 Sim, disse, que a natureza da senhora me  incomodava
 Mas  olhe , é som como um pássaro incomoda
 Daqueles bem bonito...
 Que canta e que não posso ter na gaiola
 Que deixa  a gente triste
 Porque  só podemos ver o trocinho cantar
 Longe... distante.

 Mas  dona moça,
 Eu só matuto
  da roça
E pra completar o mal feito
 Eu sô homem
 E homem a senhora  sabe come
 Buuurrro,
Mei ignorante
Qui nem cavalo brabo
 E eu dona moça quero ser
 Um filhote de cruz credo
 Se não digo a verdade
 Não  posso viver sem a dona
 Não posso não.
Minha vida é viver a vida da moça
Se  um dia a moça for embora
 Ave Maria- quero  nem pensar
 Eu morro,  sabe.
 Porque assim como não pode
 Esse homens  que diz  que é poeta
Viver sem amor
 Não posso eu – matuto da roça
 Viver sem o que me dar ânimo para acordar
 Para labutar o dia-dia
 Pois É...

 Então já vou – dona moça
 Não me entenda mal não, viu.
 Porque sou da roça e não escrevo direito
 Já viu né!
 Vou pegar a Pá , a foice e o teu sorriso.
 Colocar tudo dentro do ayo
 Depois sei que é tudo meu
 Brinque não – sô entendido desses assuntos
 Pois sou entendido das coisas do amor.

 Assim como um letrado desses da cidade
 Me disse um dia
 - olhe  matuto, entenda,
 Amar,
Mas amar mesmo,
 É nunca ter que pedi perdão.

Os Marximillianos: O Segredo Da Floresta Obscura - Capítulo 16


Capítulo 16

- Maldição! Bravejou  o presidente Emiliano dando um soco na mesa – então vocês a deixaram escapar?! Não dar para   ter acesso  ao controle do elevador via centro de comando?
A capitã fez uma pausa, medindo  com cuidado quais seriam as suas próximas palavras.
- Bem que tentamos senhor, mas no inicio o sistema parecia travado, somente uns quize minutos depois é que tivemos  acesso.  Quando conseguimos subi  o elevador até o  térreo... - a capitã safira, desviou o olhar do  monitor ,   abraçou uma mão na outra , com se dissesse para si mesma, segure-se. - ...  ela não estava mais lá.
-  Como assim não estava mais lá? Perguntou  o presidente com uma expressão atônita, olhos esbugalhados e queixo caido.
- Ela aparentemente  senhor saiu pela  saída de emergência do elevador, que fica no teto. Isto foi há vinte minutos senhor, nós   a estamos  procurando no fosso do elevador  com  os   Rastreex Cop e droides de vigilância, mas até o momento não tivemos retorno, acreditamos que ela ainda esteja lá  pois caso já  tivesse saído  as câmeras de segurança já teriam  registrado a sua presença.
O Presidente Emilliado passou a mão no  queixo,  depois levantou-se.
– Capitã,  prepare o seu pessoal, estou indo para aí,   continue as buscas e  cuidado para que ela não se fira.
- Sim senhor.
- E capitã, só mais uma coisa,  se tiver acontecido alguma coisa a Vitória... cabeças vão rolar, entendido?
- Alto e claro senhor.
 O Vídeo comuicador desligou.

A consulta: no divã da Loucura - Capitulo 9( parte 2)







No jornal as noticias de sempre: Assassinatos, acidentes, festas, greves, e futebol. Oh vidinha besta. Já estava entediado quando a  miserável de uma  barata entrou voado veloz  pela janela  e aterrissou embaixo da mesa. Filha de uma mãe!. Odeio baratas, doutor. Não pelo fato delas serem um vetor para vários agentes infecciosos. Não. Mas por serem asquerosas quando morrem.  Poucas coisas no mundo são tão asquerosas quanto uma barata. Corri até a cozinha, peguei uma vassoura. Olhei em baixo da mesa. Arrastei as cadeiras, a poltrona, olhei debaixo do rack da televisão. E nada. Desapareceu. Eu sabia que ela estava lá em algum lugar. Mas a infeliz ligou o  seu botão de invisibilidade e eu não a enxergava mais. Desgraçada!. Coloquei a vassoura bem perto de mim. Próximo  movimento dela e eu a esmagaria como um inseto que é. Mas ela não apareceu.  Já passava das dez da noite,  e o sono  me abateu. Um banho rápido. E cama. Não tinha dificuldade para dormir. Mas sempre acordava a noite. Toda noite. Noite mal dormida sempre. Deitei na cama...macia, costumeira, fechei os olhos e o mundo desapareceu. 
Já estava quase em sono REM quando um estrondo vindo da cozinha me fez acordar. Levantei rápido.  A barata não escaparia. Liguei a luz e a surpresa que tive não me deixou acreditar no que via. Um tenebroso, ardiloso, vil e podre rato! O dia agora estava completo. Se há algo que odeio tanto quanto uma barata é o rato. Bem em cima da pia da cozinha. Vasculhava com certeza restos de comida.  Mas  ele não teve sorte esta noite. Pequei a vassoura que estava próxima a poltrona,   ele  pulou da pia e  parou  próximo a porta da cozinha. Em instantes pude perceber  que ele sabia o que eu iria fazer.  Ele tentaria  escapar da vassourada e correr em direção  a saída. Mirei a vassoura e arremessei. Uma trajetória elíptica certeira. Mas o infeliz do rato foi mais esperto do que imaginava.  Desviou-se da vassoura e  passou pela fresta da porta. Como um rato de um palmo atravessa a fresta de uma porta de pouco mais de meio centímetro?  Inacreditável. Sentei na velha poltrona incrédulo. Agora até o sono  foi embora.
(continua...)

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