Quando amanheci ontem,
Em um terreno arido como a de um leito de um rio seco,
Nao lembrava que outrora havia muita água,
Tinha acordado de uma escuridao sem fim,
E abraçado a lage fria do meu túmulo,
Eu estava morto...
Mas as lembranças resurgiram,
Como as primeiras gotas grossas de uma tempestade,
E Chovia muito.
O barulho da chuva estralando sobre o piso,
Empurrei com a força de um coração que nao existia,
E o mármore frio se moveu,
O suficiente para renovar meus pulmões,
Eu estava morto...
Agora a pouca luz que havia,
Enegrecida pelas nuvens do esquecimento
Ardiam meus olhos...
Como arde os olhos de um bebê que nasce novamente
Tudo turvo
As ideias...
Os sentimentos,
Que sentimentos?
Estava vazio... oco...
Algumas lembraças perdidas no meio do nada...
Nada mais.
Eu estava Morto.
Olhei para o horizonte...
Respirei fundo,
E sai do meu túmulo.
Cravei os pés na terra elamecida da vida...
Ergui meu corpo magro e desvanecido pela morte...
E mundo era escuro, sombrio e cinza....
Mas agora... eu sei
eu estava novamente vivo...
E ninguem mudaria isso.
Helton Ojuara
1 comentários:
Gostei!
Postar um comentário