Hoje eu amanheci como o orvalho


Hoje eu amanheci como o orvalho
Fino, frio e ralo,
Bem antes do desapertar da aurora,
Refletir muito sobre tudo
Foi quando percebi que queria que tudo fosse algo eterno
Mas tudo não é – não é mesmo!
Queria guardar você aqui no meu bolso
Protegida para sempre
Mas não posso!
Queria não mais discutir contigo
Mas não consigo!
Queria não mais querer
Mas o verbo querer é um verbo maldito!
E eu só sei conjuga-lo no futuro de pretérito simples
E assim o querer nunca acaba.
Te amo - não nego, não escondo , não me iludo
Desculpe...
Se estas palavras – assim como as minhas lembranças –
Visitarem as terras do esquecimento...
As palavras de amor são voláteis.
Te amo, e um dia você compreendera
Que as coisas não são o que parecem ser,
E o amor não é nada mais que
Respeito + compreensão + admiração + comprometimento + doação + anuir-se
Que nós somos aquilo que acreditamos ser,
Mas estaremos sempre ligados àquilo que as pessoas acreditam que somos,
Que nem tudo que queremos podemos ter
Mas devemos ter a noção que mais importante que o agir é o pensar.
Te amo! – não nego, não escondo, não me iludo.
E agora como sempre
Queira te prender junto a mim
Mas... não dá
Então, voe passarinho
voe.


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