Escaravelho Negro




 
Sim, escaravelho negro,
Não vos minto,
Amei-a.
Mais que o perfume das olivas em noite de cúpula,
Mas que os poetas embriagados e túrgido de amor,
Mais que os órfãos as mães,
Na imaginação dócil das crianças,
Amei mais, muito mais...
Amei-a nos olho dos astrólogos e nas idéias do filósofos,
 Na plenitude dos fulgores dos desejos carnais,
Na ingênua ignorância de minha tola alma,
Não!
 Na verdade não só dei-lhe a alma,
Como também lhe dei a vida,
 E assim amei-a  mais, muito mais,
 Mais do que a realidade neste mundo de romântico e de  loucos.
Mas do que as sensações de gozo  em leito ambíguos,
 Mas do que os profetas a fé, na fé  não lúcida de suas razões.
Confesso, amei-a mais de que os clérigos a Deus,
 É ,
E talvez nem Deus a ame como eu a amei.

E ainda amei mais, muito  e muito mais...
 Nas certezas, nas dúvidas,
Na vida, nos sonhos
 Nos seios,
 No colo.

 Ah sim, escaravelho, amei-a!
 Mais com atitudes do que com palavras,
Amei... e o amor não me fez feliz.

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