BROUMMM!!





BROUMMM!! 

Bradou o trovão
-cuidado irmãos
Das mãos calejadas!
O teu leito é o vão
Dos que vêem
O crepúsculo do anoitecer,
Os fulgores morrer
E no campo de batalha
As espadas guardar

A lúgubre escuridão
Silencia a coragem
Não os alaridos
Canta os gemidos
Reina a morte
O medo  lívido
Reboliça os viventes
Apóia os que sentem a falta da sorte.
  
BROUMMM!
Rutiloso clarão
Ilumina os corpos
Que campa o campo
A caveira sorrir!
E entre os valentes
Há sempre um cobarde
Que a pugna abate
E da amedrontação exige um fim
- bravos! Ouçam-me!
O prélio é uma alusão
A ignorância é a única razão
Dos que dentre vos
Herde morrer!
Vede vos a volta
Vejais a morte!
A vitória  és falsa,
Aqui nada há
Alem de dores ardidas
Lutais ainda?
Não quereis vós viver?

BROUMM!
A noite escapa,
Na nuvens  da penumbra
Na formas das sombras
Do gélido espaço
Grunhem as farpas
As trincheiras disfarça
Os  oponentes à marcha
Levanta-se  um bravo...
-cala-te homem!
E engole a saliva,
Antes que faça-te lamentar.!
A morte,
Para os intrépidos
É uma conseqüência
Assim como a vida
Que para os débeis
É a doença
Que os fazem rastejar!

BROUMMM!
Cai a baga
Dos hóstias armados
E lar
No ar nevado,
Ouve-se o eco da fera
Que brada de coração.
-levanteis com ira!
Vos não  escutai
Ignóbil rato
Pois a batalha
É o fardo
Que grita o trovão.
Vós sois pais
Da libertação
Amigo da dor
Enfrentais por amor
O punho e a arma
Digo  vos o porque
Não combateis
Por vitória
Lutais pela gloria
Morredes...
Assim e sempre
Pela livre alma

BROUMMM!

Ergueram-se os briosos
Com as espadas ao peito
E  em meio aos enfermos
Viu-se nas faces
O futuro de relance
E na vermelhidão do céu
Houve  enfim o dilúvio
De água, suor , de uivo
E principalmente de sangue.

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