Capítulo 8 - Os Marximillianos : O Segredo da Floresta Obscura



Capítulo 8

Uma poça de sangue já se fazia no chão, quando a Capitã Safira deu três passos e sentou-se na cadeira, exausta. A capitã não entendia como uma raça tão inferior podia resistir a drogas hipnóticas a ponto dela ter quer usar métodos mais arcaicos de persuasão. A capitã Safira ficou famosa entre os colegas de trabalho por sempre obter o que deseja, mesmo que para isto tenha que usar procedimentos sórdidos. A tortura é apenas um destes procedimentos.

- Deixem este verme, ele não irá falar nada. Talvez ele realmente nem fale a nossa língua. Disse a capitã com uma voz autoritária, mas dava para sentir um pouco de desapontamento.- ele pagará caro por não contribuir. Joguem-no no tanque da purificação.

O Sulneano apesar de muito ferido, e de estar amarrado de cabeça para baixo, ainda conseguia ouvi--la. Ele olha ao redor, é uma sala pequena com paredes brancas onde a única saída é uma porta de metal. Perto dele há uma mesa com instrumentos de tortura: grampos , agulhas, tesouras. Sua visão está turva, Seu corpo está lacerado. Sem as unhas do pé esquedo, sem alguns dedos da mão direita, sem a orelha esquerda, com torniquetes na coxa direita que deixava toda a perna roxa. O sangue oriundo do abdômen quase aberto devido à diversos talhos horizontais feitos por bisturi, escorria pelo seu corpo, se confundido com as manchas da sua pele, e teimosamente caia no chão. O Sulneano aprendeu que nestas horas é mentalizar algo fora daquela situação, como se não estivesse ali. Afinal não tinha outro jeito, ele veio necessarioamente para isto, e houvesse o que houvesse não iria entregar segredos do seu povo. Ele também sabia que estava perto do final. O que os sulneanos sabiam é que uma vez capturado pode-se considerar morto.

Dois saldados o desamarram, e o arrastaram até o tanque de purificação. O tanque da purificação é uma alusão a idéia do que tudo que entra nele desaparece, já que o tanque é cheio de acido muriático.

Enquanto o sulneano é levado para o seu destino , ele ouve os soldados dizerem algo incompreensível e logo após darem risada, como se escarnecessem do seu destino. Mas o sulneano sabia que a sua missão estava quase completa. Os dois soldados abriram uma porta de metal, ligaram um interruptor de luz ao lado da porta. Quando as luzes ligaram, o sulneano teve a impressão que um fleche luminoso o tivesse deixado cego. Mas pouco a pouco ele foi recobrando a visão. E o que ele viu foi uma sala enorme, cheia de coisas que pareciam antigas. Realmente lembrava mais uma porão das grandes casas antigas. No meio da sala havia uma abertura no chão, como um grande poço. Um corredor com grades de metal dava acesso somente até o meio do poço.O sulneano aprumou um pouco mais a visão, então entendeu realmente o que estava vendo. É aqui, o tanque da purificação. Ele era redondo com um diâmetro 6 metros, dentro dele havia apenas uma escuridão completa. Os soldados mandaram o sulneano se levantar e andar em direção a prancha ou eles iríam bater nele até que ele ficasse em pé de tanta apanhar. O sulneano se sentiu ainda mais fraco, suas pernas não respondiam direito, principalmente a direita muito machucada pela tortura. Enquanto os soldados tentavam ergue-lo ele mexeu a língua em direção aos grandes molares. O sulneano colocou um pouco mais de força irrigecendo a língua e, então, ele ouviu um estralo quase inaudível. consegui! Finalmente ele se põs de pé, meio cambaleante começa andar no corredor com grades de metal. Ele tenta se erguer, como se quisesse dar aos seus últimos momentos um ar nobre. Cospe do lado do poço um jato de sangue. Ao chegar no final do corredor vira-se para os seus algozes. Os soldados parecem se divertir com a situação, e manda que ele pule logo, pois estão com pressa. O sulneanos olha profundamente para os soldados, abre os braços, solta um sorriso, e deixa o corpo cair em direção a escuridão - ao ácido. Durante o seu mergulho seu sorriso transformou-se em uma gargalhada. Os soldados certamente achariam que ele ficou louco ao sentir que a morte estava perto. Mas o sulneano sabia que naquele momento a sua missão estava completa. Seu corpo caiu no acido e tão rápido como a queda - desapareceu. Os soldados deram as costas ao tanque da purificação, e começaram ao sair da sala, ainda comentaram que alguém tinha que limpar aquele sangue perto do Tanque. Como provavelmente, a capitã iria puni-los por deixar que o prisioneiro sujasse a sala, e os obrigaria a limpa-la, combinaram em não dizer nada a ninguém, desligaram as luzes e fecharam a porta.
Mal sabiam os saldados que estavam cometendo um ato que custaria o futuro de Marximus. Pois em meio a escuridão da sala era possível ver um ponto vermelho piscando ritmicamente, sobre o sangue que foi jogado pelo Sulneano.

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