Caminhei sobre a areia fofa e vermelha,
Desta estrada cheia de pedras que se diz ser minha memória...
A muchila pesada...
A roupa e o rosto coberto de poeira...
Há quantos dias caminho?
Destampei o cantil,
E bebi tudo o que me restava,
Estava seco...
Seco de esperança,
Seco de sonhos...
O sol ardia forte..
Todos os horários do dia sempre era meio dia....
Olhei para os dos horizontes do caminho....
E nada.... um vasto vale seco e desértico...
de um lado e do outro uma montanha quase intransponível.
Gritei.... Oolaaaaaaaaaaaaa!!!
Mais alto:
Ooolaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Mas nem um eco como resposta tive...
Devia desistir...
Parar de lutar..
Aceitar a invitabilidades dos fatos....
Coloquei a mão na cintura,
Baixei a cabeça,
Meerrda!
Odeio xingar...
Mas não sou de desistir.
Nunca fui....
Sinto muito...
Não desistirei desta vez.
Aprumei a mochila nas costas
E voltei a andar...
Que venha os dias....
Vamos viver e ver o que acontece.
Helton Ojuara.
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