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Capítulo 15
A casa Branca era o lugar mais sofisticado de Marximus.Tudo que acontecia na cidade era visto, escutado e analisado. A casa branca era o quartel general da policia de Marximus. Ela ficava uns vinte minutos do Zoológico, na verdade se tratava de um prédio cinza com janelas espelhadas e com cinquenta e dois andares, vinte e dois pra cima e trinta no subsolo. O nome casa branca adivinha das paredes internas quase todas brancas, isto seria uma tentativa de confundir um possível invasor. Já que cada andar possui uma arrumação muito similar.
Quando Vitória entrou no prédio, ela estava encapuzada, os carros se identificaram na portaria, entraram no elevador e desceram dez níveis. Os policias então retiram o capuz de Vitória.
- Senhorita Vitória, somos da Guarda Nacional. Estamos na Casa Branca. Iremos levar a senhorita para sala de investigação, esperamos que a senhora colabore. Não tente nada de absurdo, pois não haverá tolerância, se tudo ocorrer bem a senhora será liberada. Espero que tenha me entendido.
Vitoria ainda estava com a visão nublada devido ao capuz. A medida que o ambiente foi ficando mais nítida ela percebeu que estava dentro do carro, pela janela da porta era possivel ver que ela estava em uma espécie de garagem de um prédio. As paredes todas brancas. Quando ela saiu do carro , percebeu que havia mais dois carros, todos com policiais da guarda nacional, pelo menos uns dez. Agora ela tinha uma certeza. Estava em apuros.
Os policiais a levaram por um corredor longo, iluminado. Uma fila indiana se fez com dois policias na frente e logo atrás Vitória algemada com um policial a segurando pelo braço, e os outros sete policias vinham logo atrás. Vitória até aquele momento estava calada, antes de chegar no prédio o qual ela não fazia ideia qual era, ela estava com muito medo do que poderia acontecer. Agora, ela sentia um vazio enorme, estava sozinha, em um lugar estranho, sendo carregada como uma delinqüente, não sabia se fabrício tinha conseguido escapar , e tudo porque? Porque viu um maldito Sulneano apanhando. Vitória caminhava, sua face não mostrava qualquer expressão, ela observou que as paredes do corredor eram formadas por portas e grandes paredes de vidro, que começam do teto e se estende até próximo da altura da cintura delimitando salas. A maioria das salas estavam vazias, algumas escuras outras mais claras. Agora ela sabia para onde estava indo, no final do corredor havia um elevador. Há uns cinco metros na sua frentre umas das salas estava com as luzes totalmente acesas , dois droids estavam lá, eram droids de limpeza, recolhiam objetos da sala e colocavam no saco de reciclagem. Algo chamou atenção de Vitória, parecia que o que os droide recolhiam eram ossos? Primeiro um dos droides pegou da bancada de metal onde estavam o lixo um osso longo parecido com o fêmur, Vitória ficou na dúvida, talvez não fosse o que ela estava vendo, depois o outro droide levantou algo inacreditável até então, um crânio?
- Meu deus. As palavras escaparam da boca de Vitória sem que ela se desse conta. Um dos policiais percebeu o que estava acontecendo. Rapidamente ele tomou a frente de vitória impossibilitando que ela visse algo mais.
- Não, não há nada para a senhora ver ali.
Vitória não estava certa disto. Na universidade já tinha ouvido falar de conspirações do governo, histórias que envolviam raptos de cidadãos de Marximus e experiência científica. Mas este tipo de boato sempre ocorreu, mesmo nos períodos mais pré-histórico da sociedade humana. Mas aqueles ossos? O que seriam? De repente um instinto de sobrevivência se abateu sobre Vitória, ela não estava disposta a descobrir as respostas para a sua pergunta. Há quinze metros de distancia um outro droide de limpeza trazia uma maca de metal com alguns entulhos em cima. O botão vermelho do elevador estava desligado, sinal que ele já estava esperando. Em frações de segundos ela calculou o tempo de abertura e fechamento da porta, a distancia entre ela e o final do corredor, a força que precisaria... o cérebro humano é fantástico. Mal o dróide se aproximou, vitória pisou no pé do policial que a carregava, os dedos dele folgou no seu braço, com um solavanco ela se soltou, cruzou entre os dois policiais da frente, com o ombro derrubou o droide e a maca, correu o máximo que pôde até a porta do elevador, quando deu conta de si, já tinha apertado o botão de abertura, a adrenalina fazia com que ela visse em câmera lenta os policias correndo atrás dela , aporta se abriu, só mais um segundo, só mais um segundo, ela entrou, cinco metros de distância, o som dos sapatos dos policiais ecoavam pelo corredor, o botão de fechamento do elevador foi acionado, quatro metros , três, dois, um ... - a porta fechou.
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