E eu que achava que viver era o suficienfe.
A água límpida e plácida do lago,
Contrastava com minha sujeira.
Uma sujeira como graxa de um motor velho,
Em todo corpo,
Impregnada como um pensamento que não sai da cabeça.
A água pura do lago não retira,
Aquilo que está Marcado por dentro,
E por mais que eu tente,
Por mais que eu esfregue,
Isto se negava a sair de mim.
O velho barbudo somente observava,
Pouco falava,
Quase nunca se movia,
Mais uma figura exótica
Entre tantas coisas exóticas daquele lugar.
Mundo colorido e calmo.
Uma semana perdido naquele local,
E apenas ouvi alguns punhados de palavras dele,
O velho parecia esperar algo.
Sempre se alimentando,
Do jeito dele,
Observando-me como um professor observa o aluno,
Com Paciência e esperaça.
E eu dentro do lago,
Lavamdo- me com folhas e pedras,
E a mesma sujeira,
As mesmas marcas...
- Entao meu filho o que acontece?
A voz do velho ressoou na minha cabeça,
Como um sino de igreja no pensamento,
Olhei para ele...
Mas lá estava ele,
Parado,
Inerte,
Iluminado pela luz de um céu colorido,
De um mundo colorido,
Que não me pertence,
Talvez eu fosse a unica coisa suja e sem cor daquele local.
Desisti de tentar apagar as marcas...
Sair da água e vestir a velha roupa suja.
=Respirei fundo=
Talvez seja essa seja a lição de hoje,
Algumas coisas não mudam,
Por mais que tentemos.
As vezes esperar um outro momento
Seja mais sabio.
Sentei-me ao lado do velho,
Seu rosto plácido,
E calmo,
Como o lago...
Fechei os olhos e respirei a paz de todo aquele lugar.
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