No meio da chuva

 
Um som que estremece,
Um raio que corta,
O fogo nasce,
O vento que sopra a árvore,
E lagarta que  se enrola no casulo.

O céu cheio de nuvens,
Lembranças de saudades,
Um carro Branco que passa,
O asfalto úmido e quente,
Gotas da chuva espremidas no para-brisas,
Que lembranças que tenho de mim agora?
Que lembranças terei no futuro?

Olho no retrovisor,
Meus olhos vivos,
Castanhos vivos,
Já cansados de tantas coisas...

Queria dormi agora.
Profundo.
Para sempre?
Não.
Somente agora.
Enquanto  a chuva tenta apagar o fogo,
Que teima em queimar
Permanecer vivo.

Helton Ojuara

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