Meus olhos cansados marejam.
O calor transpira na cidade.
E enquanto arrumo a casa,
Meu espirito se abana sentado na cadeira.
Cansado da peleja.
Tudo parece sem cor em Satiro.
Não sem cor.
Mas em um tom amarelado.
Morrendo quase em preto e branco.
Abro as portas e as janelas,
Quem sabe há alguma brisa vadia perdida
Que queira entrar...
Mas sopra com força
O calor do forno que cozinha o juízo lá fora.
Desisto da luta e sento ao lado do meu espirito.
Tão amarelado e sem graça quanto a cidade.
Paciência.
Olho o céu limpo e sem nuvens.
Meus olhos cansados e vermelhos.
Procuram ainda por alguma cor de esperança.
Helton Ojuara.
0 comentários:
Postar um comentário