Papo da roça
Perdoa eu dona moça
Eu que sou matuto
Que sou da roça
Não quis dizer o que disse,
Escrever eu quis.. mas não como escrevi não,
Tudo a dona moça entendeu errado
Eu dona,
Quis dizer que amava a moça que esse mundão de Deus
Não era nada sem a dona
Que a minha dor era de saudade
Sim, disse, que a natureza da senhora me incomodava
Mas olhe , é som como um pássaro incomoda
Daqueles bem bonito...
Que canta e que não posso ter na gaiola
Que deixa a gente triste
Porque só podemos ver o trocinho cantar
Longe... distante.
Mas dona moça,
Eu só matuto
Sô da roça
E pra completar o mal feito
Eu sô homem
E homem a senhora sabe come
Buuurrro,
Mei ignorante
Qui nem cavalo brabo
E eu dona moça quero ser
Um filhote de cruz credo
Se não digo a verdade
Não posso viver sem a dona
Não posso não.
Minha vida é viver a vida da moça
Se um dia a moça for embora
Ave Maria- quero nem pensar
Eu morro, sabe.
Porque assim como não pode
Esse homens que diz que é poeta
Viver sem amor
Não posso eu – matuto da roça
Viver sem o que me dar ânimo para acordar
Para labutar o dia-dia
Pois É...
Então já vou – dona moça
Não me entenda mal não, viu.
Porque sou da roça e não escrevo direito
Já viu né!
Vou pegar a Pá , a foice e o teu sorriso.
Colocar tudo dentro do ayo
Depois sei que é tudo meu
Brinque não – sô entendido desses assuntos
Pois sou entendido das coisas do amor.
Assim como um letrado desses da cidade
Me disse um dia
- olhe matuto, entenda,
Amar,
Mas amar mesmo,
É nunca ter que pedi perdão.